Reportagem do ZH Economia.
Operação recomeça nesta terça-feira,
com duas partidas semanais
Paralisada desde janeiro de 2010, a
movimentação de cargas em contêineres no Terminal Santa Clara, em Triunfo, está
de volta. A reinauguração ocorreu nesta terça-feira. O recomeço da operação,
uma parceria entre a Braskem e a Wilson Sons, dá a largada com cargas de
resinas da própria empresa petroquímica, além de peças, fumo, móveis e carne de
frango. As mercadorias são levadas em barcaças pelo rio Jacuí e Lagoa dos Patos
até o Porto de Rio Grande, onde são carregadas em navios de maior porte para
exportação ou cabotagem (navegação entre portos do mesmo país).
Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon
Rio Grande, controlado pela Wilson Sons, explica que, em um primeiro momento,
serão duas partidas semanais do terminal, às terças e sextas-feiras. Além do
menor custo, o transporte via barcaças, observa o executivo, traz alívio às
estradas gaúchas.
— É o equivalente a 340 viagens de
caminhões a menos por semana — observa Bertinetti, que prefere não revelar o
investimento no projeto.
Por ano, seriam mais de 16 mil deslocamentos
de caminhões evitados. A economia com o uso do modal hidroviário, acrescenta,
fica entre 5% e 10% na comparação com o rodoviário. Além da redução de custos,
a operação está fazendo com que cargas que antes eram direcionadas para portos
catarinenses para exportação agora utilizem Rio Grande.
Um dos próximos desafios para aumentar a viabilidade da operação é conquistar cargas no trajeto de retorno. Os potencias clientes são indústrias que importam insumos.
Batizado de Contesc, o terminal
renasce com potencial de movimentar 100 mil TEUS (contêiner de 20 pés) por ano,
o que seria equivalente a 15% do volume que passa pelo Tecon Rio Grande. A
atração de cargas seria principalmente em um raio de 100 quilômetros de
Triunfo. A Wilport, da Wilson Sons, vai operar o terminal e prospectar
clientes.
Ligado ao rio Jacuí por um canal artificial, o
terminal seria usado pela Braskem para para receber carregamentos de etanol,
mas depois o modal adotado foi o ferroviário.
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