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Foto: TVCA/ Reprodução |
O aumento anunciado pelo governo federal foi de 4,8%.
Caminhoneiros dizem que 70% do valor do frete é gasto com combustível e, além
disso, tem os custos com manutenção, pedágio, e outras despesas.
O reajuste no preço do
diesel anunciado pelo governo na semana passada já chegou às bombas. O aumento
foi de 4,8% e deixou os caminhoneiros preocupados. E, como o preço do frete não
sobe, muitos dizem que estão trabalhando no prejuízo.
Em Tangará da Serra, a
242 km de Cuiabá, o aumento foi de R$ 0,10. Em Cuiabá, o preço médio do diesel
custa R$ 3,95. E, em Rondonópolis, a 218 km da capital, o combustível sai em
média por R$ 3,98 e, em Sinop, está mais caro: R$ 4,13.
O caminhoneiro Márcio
Marques Barbosa disse que vai gastar R$ 120 a mais no litro do combustível para
ir de Campo Novo do Parecis até o Porto de Paranaguá, no Paraná. "Sou
autônomo, não está sobrando. A gente está empurrando com a barriga, com
déficit, cartão atrasado, mas é trabalhar para não ficar parado", disse.
O pior ainda para os caminhoneiros é o reajuste no momento da
entressafra quando os carregamentos diminuem e eles gastam 70% do valor do
frete com combustível. Além disso, ainda tem os custos com manutenção, pedágio,
e outros gastos, segundo o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Tangará
da Serra, Edgar Laurini.
"O reajuste no combustível gera uma incerteza novamente. Não tem mais como trabalhar. Não vale a pena mais carregar", declarou.
Além desse reajuste, o caminhoneiro precisa enfrentar também o valor do frete que não teve reajuste.
Giorgio Castelli recebeu mais de R$ 2.300 para transportar uma carga, mas, segundo ele, esse valor não consegue fechar as contas.
Por causa de mais um aumento, algumas lideranças dos caminhoneiros cogitaram uma nova paralisação, medida que ainda divide opiniões entre os próprios motoristas.
O Ministério da Infraestrutura divulgou uma nota nesta segunda-feira (22) na qual anunciou compromisso com os caminhoneiros de repassar o custo do diesel para a tabela de fretes.
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