Historicamente, o primeiro trimestre do ano é mais fraco, mas
este foi o melhor primeiro trimestre da história em volumes de mercado no
segmento Montadoras
A Randon S.A
Implementos e Participações (Empresas Randon) inicia 2019 com boas
perspectivas. Após um desafiador 2018, a Companhia encerra o primeiro trimestre
deste ano com indicadores positivos tendo registrado crescimento de receita
líquida em todas as divisões (montadoras, autopeças e serviços financeiros),
comparando 1T2019 com 1T2018, apesar de uma pequena redução em relação ao
último trimestre do ano anterior.
A receita bruta total,
com impostos e antes da consolidação, somou R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre
deste ano, o que representa aumento de 25,9% no comparativo com o mesmo período
de 2018 (R$ 1,3 bilhão). A receita líquida consolidada cresceu 23,0% atingindo
R$ 1,1 bilhão contra R$ 921,6 milhões em igualperíodo de 2018. O lucro bruto
consolidado atingiu R$ 268,9 milhões (23,8% superior ao 1T18) e a margem bruta
passou de 23,6% no 1T18 para 23,7% no 1T19. No primeiro trimestre, o EBITDA
consolidado somou R$ 134,3 milhões, redução de 15,8% em relação ao valor obtido
no mesmo trimestre de 2018 (R$ 159,5 milhões). A margem EBITDA passou de 17,3%,
no 1T18, para 11,8%, no 1T19. A redução do EBITDA no 1T19 deve-se ao impacto
negativo do Hedge Accounting em R$ 18,5 milhões. Já o 1T18 havia concentrado
grandes volumes de não recorrentes o que beneficiou o EBITDA no período.
“A tônica deste novo
momento é a confiança de que teremos um ciclo positivo, mas com desafios para
controlar a inflação de materiais e conduzir bem os processos de integração das
novas controladas. Também estamos atentos ao crescimento econômico brasileiro,
fator fundamental para a estabilização da demanda”, observa o CFO das Empresas
Randon, Paulo Prignolato.
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Paulo Prignolato - CFO das Empresas Randon - foto: Jefferson Bernardes |
Montadoras – Embora
historicamente o primeiro trimestre do ano seja o mais fraco em termos de
volumes, este foi o melhor primeiro trimestre da história em volumes de
mercado. Do total de 13.949 emplacamentos no mercado brasileiro (60,9% maior do
que no 1T18), 4.413 foram produtos Randon, o que representou uma Market share
de 31,6%. A Companhia está conduzindo uma série de iniciativas e investimentos
para elevar sua produção em 30% até meados do ano para fazer frente à demanda
aquecida.
Vagões ferroviários
- Foram vendidos 86 vagões ferroviários
no trimestre, contra 355 unidades no mesmo período do ano anterior (-75,8%). O
mercado de vagões ferroviários deve permanecer pressionado neste ano, mas há
sinais positivos como o recente leilão do trecho da ferrovia norte–sul, além de
avanços nas discussões para renovação das concessões ferroviárias.
Autopeças - O
crescimento nas vendas de caminhões no mercado brasileiro está sustentando os
volumes de produção das OEMs. As exportações, por outro lado, apresentaram
queda mais acentuada de -65,6%, muito por conta do fraco desempenho da
Argentina, principal destino das vendas de caminhões brasileiros ao mercado
externo. A demanda das OEMs por autopeças permaneceu aquecida, principalmente
nos segmentos de caminhões pesados e semipesados, beneficiando diretamente os
volumes das empresas dessa divisão e que estão mais ligadas a estes produtos.
Já no mercado de reposição, o cenário no início de 2019 foi mais desafiador que
o esperado. Para a Fras-le, que tem grande exposição a esse setor, o ambiente
competitivo se mostrou bastante acirrado.
Mercado externo - As
vendas consolidadas para o mercado externo somaram US$ 40,4 milhões no 1T19,
9,8% acima do 1T19. As exportações das Empresas Randon representaram 13,5% da
receita líquida consolidada no 1T19, contra 13,4%, no mesmo período de 2018.
Neste trimestre, a receita de exportação proveniente de semirreboques
apresentou crescimento de 40,5% no comparativo com o 1T18. O Chile permanece
sendo o principal destino de implementos, seguido por Paraguai e Cuba. No mercado
africano, o cenário é positivo embora os volumes ainda sejam baixos. No
primeiro trimestre deste ano foram exportados 49 equipamentos para Gana e Costa
do Marfim, países com liquidez e boas perspectivas de negócios. Com a redução
das exportações para o mercado argentino, neste 1T19, o NAFTA passou a ser a
região mais relevante para a Companhia, representando 40,0% das exportações
consolidadas. O total entre a soma das exportações e das receitas geradas no
exterior (com eliminações) foi de US$ 68,6 milhões no 1T19 contra US$ 65,3
milhões no 1T18.
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