Fras-le anuncia resultados do primeiro semestre de 2019
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Foto aérea Fras-le Brasil. Foto por Júlio Soares |
Receitas crescem, impulsionadas
pelas aquisições. Margens e resultados avançam
Após um primeiro trimestre desafiador em
função de aumento de custos e elevação da carga tributária com o fim dos
benefícios fiscais que vigoravam em um passado recente, a Fras-le encerrou o
segundo trimestre de 2019 em ritmo de recuperação, apresentando boas melhorias
em seus indicadores, em destaque as margens operacionais. As receitas de vendas
apresentaram crescimento superior a 20%, beneficiadas pelas aquisições
recentes.
Para Sérgio Carvalho, CEO da Fras-le e COO da
Divisão Autopeças das Empresas Randon, o ano de 2019 ainda é de maturação, mas
é possível ver boas perspectivas no horizonte: “Esperamos que o mercado
brasileiro reaja definitivamente em compasso com as reformas encaminhadas pelo
governo. Do nosso lado, continuaremos fazendo a lição de casa”.
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Sérgio Carvalho - COO Empresas Randon e CEO Fras-le Crédito foto: Jefferson Bernardes |
No segundo trimestre, a receita
líquida consolidada foi de R$ 338,8 milhões, 19,9% maior quando comparada ao
2T18. No semestre este desempenho foi melhor, chegando a R$ 661,6 milhões,
apresentando uma evolução de 25,0% sobre o 1S18, motivada, em boa parte, à
participação da Fremax, que teve sua aquisição consolidada em outubro do ano
passado. Excluindo a aquisição, o desempenho das receitas, ainda que positivo,
carrega parte da fragilidade econômica na Argentina, refletindo sobre os
negócios das controladas localizadas naquele País, além de menores volumes de
vendas em algumas regiões no exterior, onde a Companhia mantém negócios.
Estes efeitos são mais evidentes quando
observados os números do faturamento no mercado externo, que somando as
exportações a partir do Brasil mais as operações do exterior, atinge os valores
de US$ 44,4 milhões no 2T19, refletindo uma pequena evolução em relação ao
2T18, porém, comparando ao 1T19, que agrega todas as aquisições recentes,
corresponde a uma evolução de 8,3%. No 1S19 o faturamento no mercado externo
acumulou o montante de US$ 85,4 milhões, encerrando o período com crescimento
de 1,3% sobre o 1S18.
O lucro bruto consolidado de R$ 88,0 milhões
no segundo trimestre cresceu 17,4% contra os R$ 74,9 milhões do 2T18, e atingiu
uma margem bruta de 26,0%. No período
acumulado de janeiro a junho, o lucro bruto atingiu R$ 163,0 milhões e
apresentou uma evolução de 18,4% sobre igual base de comparação. Apesar da
pressão inflacionária sobre os custos e o fim dos benefícios fiscais, a
Companhia foi rápida na tomada de ações, promovendo ajustes de percurso
efetivos e seguros, além de acomodações de preços realizadas.
O EBITDA consolidado atingiu R$ 42,0 milhões
no 2T19, e representou um crescimento de 25,8% comparado ao 2T18. Quanto à margem EBITDA de 12,4% no trimestre,
também houve avanço, principalmente em relação ao 1T19, chegando a um
incremento superior a 3 pontos percentuais. Já o EBITDA de R$ 71,0 milhões no
1S19 equivale a um percentual de 9,5% acima do EBITDA Ajustado de R$ 64,9 do
1S18 (no 1T18 houve evento não recorrente por compra vantajosa da unidade
Jurid, somando R$ 52,5 milhões na ocasião e prejudicando a comparação no
semestre).
A combinação de uma série de fatores,
principalmente o resultado financeiro, que absorveu um efeito positivo
resultante de correção sobre os ativos das controladas da Argentina, permitiu
um avanço considerável no resultado líquido, saindo de um valor negativo no
primeiro trimestre de 2019 para um lucro líquido de R$ 28,0 milhões no 2T19,
número que equivale a um crescimento de 63,0% comparado ao 2T18. Da mesma forma
houve avanço na margem líquida do trimestre, que chegou a 8,3% no período.
Quanto ao período acumulado no 1S19, o lucro líquido consolidado somou R$ 25,4
milhões, resultado que está contaminado pelo desempenho líquido do 1T19. Além
disso, para efeitos comparativos, se aplicam os efeitos do cálculo do valor
justo na aquisição da Jurid, contabilizados em igual período do ano passado (na
linha de lucro líquido somou R$ 33,4 milhões no 1T18).
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