Tracionadas
por caminhões Volvo FMX, as composições com seis semirreboques
levam até 200 toneladas por viagem, trafegando apenas dentro das
fazendas da empresa. Após meses de testes, a Suzano, que é a maior
do mundo na fabricação de celulose de eucalipto, começa a operar
regularmente 19 hexatrens em sua unidade de Três Lagoas, no Mato
Grosso do Sul.
O
Hexatrem impressiona. “É realmente um trem sobre rodas, com 52
metros de extensão”, afirma Alcides Cavalcanti, diretor comercial
de caminhões da Volvo. Anteriormente, a operação com uma
composição pentatrem transportava 79% mais toras de eucalipto em
comparação aos tritrens. Com o Hexatem, o conjunto possui
capacidade para transportar até 200 toneladas, o que representa um
ganho de produtividade de 127% em relação aos tritrens e de 27% em
relação aos pentatrens.
“O
FMX transporta mais no mesmo tempo”, diz Alan Brehmer, gerente
de Logística e PCP (Planejamento, Controle e Produção) Florestal
da Suzano no Mato Grosso do Sul. “Em poucos meses de testes já
é possível dizer que o FMX é mais preparado para o off-road. O
consumo de combustível é muito eficiente. É um cavalo-mecânico
leve e também tem um reforço de fábrica no chassi e no powertrain,
com uma caixa de câmbio com duas marchas reduzidas e os eixos
traseiros preparados para suportar até 200 toneladas”, afirma.
Outro ponto que o executivo destaca é a ergonomia da cabine. “Os
motoristas elogiam. É um caminhão de fácil dirigibilidade”.
Mais
eficiência
Na
Suzano os hexatrens trafegam apenas dentro das fazendas da empresa, o
que permite explorar a capacidade máxima do veículo, além de
contribuir para a redução de 35 tritrens nas rodovias, com ganhos
operacionais e ambientais.
Segundo
Brehmer, na ampliação das operações com Hexatrem “a Volvo
foi a única empresa que se dispôs a desenvolver uma opção
customizada. E a própria marca Volvo já carrega uma confiança
muito grande”, afirma.
Para
operações extremas
O
Volvo FMX foi concebido para trabalhos desafiadores em ambientes
extremos. De acordo com Jeseniel Valério, gerente de engenharia de
vendas da Volvo, os FMX da Suzano se destacam por suas caraterísticas
técnicas especiais:
°São
equipados com a caixa de câmbio eletrônica I-Shift de 14 marchas,
com duas marchas adicionais super-reduzidas, que facilitam o arranque
de composições pesadas em condições severas de piso e rampa.
°O
motor Volvo D13 possui 540 cv de potência e torque de 2.600 Nm
(@1050 – 1450 rpm), o que garante mais força para superar aclives
e velocidade média maior.
°Os
chassis são extremamente robustos, com longarina dupla de fora a
fora, eixo traseiro com redução nos cubos, carcaça de eixo fundida
e cardan super-resistente.
°Possuem
capacidade máxima de tração (CMT) de até 200 toneladas, 70
toneladas a mais que o FMX de série.
Segundo
Valério, o FMX é um dos caminhões mais vendidos nas aplicações
canavieira, florestal e mineração, por sua robustez e alta
disponibilidade mecânica. Esse modelo já corresponde a cerca de 10%
das vendas anuais de pesados da Volvo.
Suzano
é líder mundial
A
Suzano, empresa resultante da fusão entre a Suzano Papel e Celulose
e a Fibria, tem o compromisso de ser referência global no uso
sustentável de recursos naturais. Líder mundial na fabricação de
celulose de eucalipto e uma das maiores fabricantes de papéis da
América Latina, a companhia exporta para mais de 80 países e, a
partir de seus produtos, está presente na vida de mais de 2 bilhões
de pessoas. Com operações de dez fábricas, além da joint
operation Veracel, possui capacidade instalada de 10,9 milhões de
toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis
por ano. A Suzano tem mais de 35 mil colaboradores diretos e
indiretos e investe há mais de 90 anos em soluções inovadoras a
partir do plantio de árvores que permitem a substituição de
matérias-primas de origem fóssil por fontes de origem renovável. A
companhia possui os mais elevados níveis de Governança Corporativa
da B3, no Brasil, e da New York Stock Exchange (NYSE), nos Estados
Unidos, mercados onde suas ações são negociadas.
Alta
relevância econômica
O
setor brasileiro de celulose e papel tem alta relevância econômica.
Sua região de influência alcança cerca de 1000 municípios em 23
Estados. Segundo dados da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), o
segmento gera 3,7 milhões de empregos diretos e indiretos. Tem uma
receita bruta de R$ 73,8 bilhões, o que equivale a 6,1% do PIB
industrial do país. Em 2018, exportou US$ 10,7 bilhões, com saldo
de US$ 9,6 bilhões na balança comercial.
A
indústria de celulose do Brasil é a maior do mundo em exportação
e a 2ª em volume de produção, atrás apenas de Estados Unidos. Já
a indústria de papel é a 9ª no ranking mundial. Em 2018 produziu
21 milhões de toneladas.