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Iveco S-Way, modelo ainda não tem previsão de chegar ao Brasil. Foto Iveco Trucks |
Primeiras negociações teriam sido encerradas pela baixa oferta que havia sido feita pela FAW
(Reuters) - A CNH Industrial retomou as negociações para vender a maior parte do grupo italiano de caminhões Iveco para a montadora chinesa FAW Group, disseram à Reuters três fontes com conhecimento do andamento das negociações.
As discussões foram suspensas no ano passado, depois que a estatal chinesa fez uma oferta preliminar em julho, avaliando a Iveco em pouco mais de 3 bilhões de euros. A CNH rejeitou a oferta porque considerou a avaliação baixa, informou a Reuters em setembro.
As últimas negociações acontecem no momento em que a FAW, com sede em Changchun, que fabrica caminhões pesados sob sua marca Jiefang, pretende se expandir fora da China nos próximos anos, disse uma das fontes familiarizadas com o pensamento de Jiefang.
FAW fez uma oferta melhor nas últimas discussões e quer adquirir todos os negócios de veículos comerciais da Iveco, incluindo caminhões e ônibus, bem como uma participação minoritária em sua divisão de motores, a FPT Industrial, disse uma segunda fonte.
Um investimento na Iveco ajudará a marca Jiefang da FAW a ganhar acesso ao mercado internacional de veículos comerciais, acrescentou a primeira fonte.
A CNH, controlada pela Exor, holding da família italiana Agnelli, também manteve negociações com o conglomerado industrial chinês Shandong Heavy Industry Group no final do ano passado, disseram duas fontes.
LANCES DE RIVAL
Uma das fontes acrescentou que a Shandong Heavy Industry ofereceu pelo menos 3,5 bilhões de euros, mas foi superado pela FAW. A fonte não divulgou dados, afirmando que as negociações continuam.
Separadamente, a Iveco está em negociações para desenvolver tecnologias de caminhões autônomos em conjunto com a startup chinesa Plus, que tem um vínculo com a Jiefang, disse uma das fontes.
A venda da Iveco seria uma alternativa a um plano definido pela fabricante de veículos e equipamentos CNH Industrial em 2019 de se dividir em duas e listar seu negócio de caminhões e ônibus de margem inferior, junto com a FPT, em um esforço para aumentar o valor dos ativos do grupo e agilizar seus negócios.
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