Estado situado no centro do país, tem um papel estratégico para as perspectivas de novos negócios na aviação, sendo atualmente o segundo maior polo de manutenção de aviação no país
Os mais recentes números da Associação Brasileira de Aviação Geral
(Abag), que consolida dados levantados em 2024, reforçam a expectativa de um
2025 ainda melhor para o setor. Conforme o levantamento feito pela entidade,
na comparação com 2023 o ano passado fechou com um crescimento de 6,7% na
frota operacional de aeronaves executivas (aviões movidos a pistão e a
turboélices, helicópteros a pistão e turbina e jatos). Num período de cinco
anos, esse avanço foi ainda mais expressivo chegando a um aumento de 16,5% ou
1.419 novas aeronaves executivas acrescidas à frota operacional do país.
Superando o número de 10 mil aviões e helicópteros, ficamos atrás apenas dos
Estados Unidos entre os países com a maior frota de aviação geral no mundo.
Além dos dados positivos da Abag, outro indicativo de que 2025 deve ser
um ano ainda melhor para a aviação executiva brasileira é apresentado pela
Vokan Seguros, empresa com mais dez anos de mercado e que atualmente é a líder
em apólices de seguros para aeronaves no país. A companhia, que registrou um
crescimento entre 25% e 30% em suas operações no ano de 2024, espera repetir e
até mesmo superar esse percentual neste ano. Conforme projeção da Associação
do Transporte Aéreo Internacional (IATA), em 2025, a receita total da
indústria da aviação deve ultrapassar US$ 1 trilhão pela primeira vez,
marcando um aumento de 4,4% em comparação ao ano anterior.
A aviação geral brasileira reúne todos os segmentos de transporte aéreo,
exceto a aviação comercial das companhias aéreas e a aviação militar, por isso
o setor responde por uma extensa e dinâmica cadeia econômica de serviços e
produtos, que vão desde a montagem das mais sofisticadas aeronaves a serviços
de bordo e manutenção. “Dentro dessa gigantesca cadeia econômica que rege a
avaliação geral, Goiás tem um papel estratégico para a perspectivas de novos
negócios, uma vez que é um estado que está no centro do país e já há muito
tempo é o segundo maior polo de manutenção aeronáutica”, afirma Paulo Roberto
Costa, empresário que está à frente de um consórcio de empresas goianas
responsável pela construção do Antares Polo Aeronáutico, que irá abrigar um
aeroporto executivo na cidade de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana
de Goiânia.
Essa importância estratégica do estado é respaldada nos números da Abag,
que aponta Goiás como sede de 70 bases de manutenção aeronáutica, ficando
atrás apenas de São Paulo, com 192. Entre os 26 estados e o Distrito Federal,
Goiás está entre os oito com maior número de aeródromos privados e públicos.
“Dentro da nossa vocação econômica para o agronegócio, também temos aqui em
Goiás o quarto maior número de empresas de agro aviação”, salienta Paulo
Roberto Costa, ao citar outros números da Abag.
Polo de aviação executiva
Com 209 hectares de área total e localização privilegiada no centro do
Brasil, o Antares Polo Aeronáutico será o mega empreendimento que deve
fomentar, não só em Goiás, mas também em todo o centro-oeste brasileiro os
vários negócios que integram a extensa cadeia de serviços da aviação geral,
como agro-aviação, taxi-aéreo, serviços aeromédicos, manutenção de aeronaves,
formação de pilotos, logística aérea e outros.
Com recursos 100% privados, o polo aeronáutico privado está sendo
implantado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC
Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações. O
moderno aeroporto executivo, em sua primeira fase, contará com terminal de
embarque e desembarque de passageiros, com uma pista de 2 mil metros de
extensão e 30 metros de largura, e com toda infraestrutura completa para
abrigar negócios de todos os segmentos da aviação geral, o que inclui
cabeamento em fibra óptica, pavimentação asfáltica de alta qualidade, redes de
água, esgoto e elétrica. “Mais que um aeroporto executivo, o Antares será um polo preparado para
receber empresas de todos os segmentos da aviação geral. Teremos condições
de abrigar também indústrias de peças, hangaragem, serviços aéreos
especializados como UTIs aéreas, e até montadoras de aeronaves”, explica Paulo Roberto.