Levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística evidencia prejuízo R$20 milhões acima do ano anterior
O roubo de cargas é uma das principais preocupações no segmento de
transportes e logística, justamente pelo prejuízo que ele acarreta para
transportadores, embarcadores, seguradoras e demais envolvidos no ecossistema
de mobilidade de carga. De acordo com o novo Panorama Nacional do Roubo de
Cargas, que acaba de ser divulgado pela Associação Nacional do Transporte de
Cargas e Logística (NTC & Logística), o prejuízo financeiro cresceu R$20
milhões em 2021, saltando de R$1,25 bilhão para R$ R$1,27 bilhão, primeira
alta desde 2017. O número total de registros cresceu de 14.150 em 2020, para
14.400 no ano passado.
Segundo o levantamento, o maior número de ocorrências foi na Região
Sudeste, onde aconteceram 82,66% dos roubos; seguida pela região Sul, com
grande disparidade, com 6,82% das ocorrências. A região com menos roubos foi o
Norte, com apenas 1,42% dos casos registrados. Para Sylvio Bispo, especialista
com mais de 15 anos de atuação com seguros de transportes e fundador da
SmartLoad, 1ª insurtech de mobilidade de carga que integra as etapas
securitárias da jornada do transporte, “Apenas com alta tecnologia e o compromisso de todos os principais atores do
ecossistema, como transportadores, motoristas, seguradoras, corretores e
gerenciadoras de risco, além de maior segurança por parte dos órgãos de
segurança e fiscalização, esse jogo pode ser virado”.
O panorama também apontou os tipos de mercadorias mais visadas, entre
elas: produtos alimentícios, combustíveis, produtos farmacêuticos, autopeças,
têxteis e confecções, cigarros, eletroeletrônicos, bebidas e defensivos
agrícolas são os principais alvos dos criminosos. “Os métodos de análise de perfil não passaram por um processo de inovação e
as quadrilhas evoluíram em meios a várias formas de cometer fraudes. Além
disso, a facilidade de colocação desses tipos de mercadorias, junto à
legislação branda, complementam o trágico cenário nacional”, afirma Bispo.
Para apontar caminhos que podem auxiliar a diminuir o número de roubos,
o especialista listou algumas tendências de gerenciamento de risco no
transporte de cargas.
Avaliação de padrões de comportamento dos motoristas
Para ter uma avaliação mais clara de quais riscos o motorista está
predisposto, é mais valioso fazer uma análise dos comportamentos do
profissional do que apenas uma análise de perfil. Um exemplo claro é, caso o
motorista tenha multas, avaliar quais regras de trânsito ele infringiu. Entre
um motorista que possui pontos na CNH por dirigir em um dia de rodízio e outro
que foi autuado por excesso de velocidade ou uso de celular, o que levou
pontos pontos por dirigir em dia de rodízio apresenta menos riscos de
tombamentos, colisões e acidentes. As cargas e locais de operação habituais do
profissional também ajudam a medir se o condutor é o mais adequado. Ficar
atento às últimas rotas do motorista é uma dica para as empresas de transporte
de carga gerarem valor na prestação de serviço e segurança.
Análise de dados
Atualmente, não existe um banco de dados no segmento de transporte de
cargas que sinalize se uma mercadoria é adequada para ser transportada em uma
região específica. Muitas vezes, o aprendizado vem a partir da experiência, e
as experiências podem custar caro. A análise dos dados a respeito da logística
escolhida para o transporte de uma carga é eficiente ao apontar se um produto
deve passar por determinada região em um determinado horário. Se o cruzamento
de dados sinaliza que determinada rota não é segura para aquela mercadoria,
uma ferramenta de Gestão de Riscos pode indicar a necessidade da escolta
policial ou de um ajuste logístico para evitar que o trânsito em determinado
horário ou rota aconteça.
Novas formas de rastreamento
Atualmente, os rastreadores seguem um padrão básico de mercado.
Funcionam como localizadores de cargas móveis ou fixos, com bloqueadores e
imobilizadores inteligentes, que impedem que, durante uma abordagem, o veículo
siga se movendo depois de um tempo. Esse padrão, utilizado há muitos anos sem
nenhuma atualização, pode até ser eficiente no momento de uma abordagem, mas
não são suficientes para prevenir sinistros, que é a melhor forma de evitar um
roubo. Utilizar ferramentas ligadas ao transporte, como meios de pagamento
eletrônico ou tags de pedágio, integradas com todo o aparato já existente de
segurança, é uma alternativa para tornar o rastreio mais eficiente. No
entanto, a infraestrutura das telecomunicações brasileiras, por enquanto,
ainda não suporta a construção dessas novas formas de rastreamento.
Sobre a SmartLoad
A SmartLoad é a 1ª insurtech de mobilidade de carga do Brasil e atua na
gestão da jornada do transporte. É criadora da SmartBox, primeira plataforma
de averbação de cargas via mobile que permite automação e integração da
comunicação da transportadora com a seguradora, garantindo que a cobertura
securitária esteja ativa desde a coleta e dando visibilidade total à operação
logística.