Vice-presidente da ABTLP diz que veículos que transportam esse material devem ser em aço inox, higienizados e identificados evitando qualquer tipo de contaminação
O transporte de produtos perigosos diz respeito a qualquer
movimentação de materiais que cause danos à vida humana como o álcool
etílico, matéria-prima para a produção do álcool em gel 70, usado no combate
à Covid-19. Segundo dados da Associação Nacional da Indústria de Material de
Segurança e Proteção ao Trabalho, o país registrou alta nas vendas de álcool
em gel nos primeiros meses de 2022, com aumento de 25% em comparação com o
último trimestre de 2021.
Para a Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos
Perigosos (ABTLP), a gestão do transporte de álcool etílico é classificada
como um produto perigoso e deve obedecer aos critérios estabelecidos pelo
regulamento para transporte rodoviário de produtos perigosos (RTPP). Após as
manipulações necessárias para a produção do álcool em gel, o material não é
embalado para distribuição.
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“O transporte do álcool em gel 70 não é considerado um produto perigoso e seu transporte deve seguir as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo apontado um material destinado ao uso humano ou animal e normalmente distribuído em embalagens menores prontas para a sua utilização”, diz Sérgio Sukadolnick, vice-presidente da ABTLP.
O álcool etílico é composto por 30% de água e 70% de álcool, com uma
porcentagem ideal para acabar com os vírus e bactérias mais resistentes. Por
isso, a logística desse material precisa de uma atenção redobrada, devido ao
alto risco para os motoristas, vias públicas e meio ambiente.
“O carregamento desse material exige critérios especiais de segurança,
os veículos que transportam o álcool etílico, utilizado na fabricação do
álcool em gel, devem ser preferencialmente em aço inox, higienizados,
cativos e identificados para evitar qualquer tipo de contaminação,
sempre obedecendo as regulamentações”, explica o vice-presidente.
Durante a pandemia de Covid-19, a entidade representou e ofereceu
suportes aos seus associados para o transporte seguro, como o deslocamento
do álcool 70% em veículos próprios da associação. Além disso,
disponibilizaram todos os conhecimentos técnicos da sua equipe, frente às
exigências mais imprevistas do cenário pandêmico.
“A preparação para a realidade que desconhecíamos foi compreendida mais
rapidamente por conta dos treinamentos já realizados para o transporte
de produtos perigosos. Incentivamos a participação voluntária garantindo
a assistência à população e, principalmente, mantemos parceria com as
associações e entidades, fomentando as boas práticas em situações
críticas como a pandemia que vivenciamos na linha de frente desde o
início de 2020”, ressalta Sérgio.
Sobre a entidade:
A ABTLP foi criada para defender os interesses de transportadores e
operadores logísticos com atuação no segmento de produtos perigosos, junto
aos poderes constituídos em âmbito nacional, estadual e municipal.