TransWhite: transportadora portuguesa conta com mais de 70 caminhoneiras

Time de mulheres da TransWhite. Divulgação TransWhite

Jovem empresa mostra que está ligada às necessidades do mercado

 Fundada em 2004 com um único caminhão, a transportadora portuguesa TransWhite hoje conta com mais de 200 caminhões em sua frota. A empresa se destaca como a primeira empresa a ter em sua frota, toda a nova gama de caminhões V8 da Scania em 2015, porém o maior destaque da empresa está em sua visão para as novas necessidades e oportunidades do mercado rodoviário de cargas. 
 
 Hoje em dia, ainda bem que temos consciência disso, as mulheres pode trabalhar com o que elas desejam e sonham, e entre as profissões, porque não motorista de caminhão, ou melhor, caminhoneiras! A falta de motoristas no mercado global, pode ser uma boa oportunidade para abrir mais oportunidades para mulheres, e a TransWhite tem aberto oportunidades para as mulheres. 



 
 Atualmente, a empresa tem 460 colaboradores, no qual 25% são mulheres, e no time de motoristas, a empresa conta com mais de 70 caminhoneiras e para celebrar esse marco, a empresa adquiriu recentemente duas unidades do Volvo FH 500 4x2, sendo um na cor rosa e outro em uma cor azul claro. 

Os dois caminhões da TransWhite em homenagem as mulheres. Divulgação: TransWhite

 Além das cores em especial, a TransWhite também mostra respeito aos seus motoristas, já que a empresa sempre está investindo em caminhões com diversos itens de conforto além das maiores cabines disponíveis de cada montadora. Atualmente a empresa tem caminhões da Scania, DAF, Volvo e Mercedes além de utilitários de cargas de 4 a 5 toneladas.

Falta de caminhoneiros em Portugal 

 O setor de transporte em Portugal vem, junto a demais países europeus, passando por um grande déficit de motoristas. Em julho deste ano, o país começou a aceitar a CNH brasileira para motoristas que desejam assim se tornar caminhoneiro por lá. Em 2019, esse déficit chegou a 5 mil postos a serem ocupados.

Na América, o número também é baixo

 Assim como acontece na Europa, na América, a falta de caminhoneiros vem causando preocupações, porém ao olhar para o número de caminhoneiras, vemos que ainda há poucas oportunidades para as caminhoneiras. Por um lado, os Estados Unidos têm o maior número de caminhoneiras, chegando a 13,7% de acordo com a Woman In Trucking. Já o país com menor índice de mulheres caminhoneiras é a nossa vizinha Argentina tendo apenas 1.0% de acordo com a FADEEAC. Confira logo a mais, o número de mulheres caminhoneiras. 




Taxa de caminhoneiras nas Américas

Canadá 3,5% das carteiras de habilitação são para mulheres. Fonte: Trucking HR Canada 2021 
 
EUA 13.7% das carteiras de habilitação são para mulheres. Fonte: Woman in Trucking - 2022

México 2,4% das carteiras de habilitação são para mulheres. Fonte: IRU - 2021  

Brasil 2,81% das carteiras de habilitação são para mulheres. Fonte: IBGE - 2022

Peru 2,06% das carteiras de habilitação são para mulheres. Fonte: Ministerio de Transportes y Comunicaciones - 2020

Chile 1,83% das carteiras de habilitação são para mulheres. Fonte: Ministerio de Transportes y Telecomunicaciones - 2019

Argentina 1,0% das carteiras de habilitação são para mulheres. Fonte: FADEEAC / Scania - 2022

O que fazer para aumentar o número de caminhoneiras?

 Um dos empecilhos das mulheres caminhoneiras é a segurança nas estradas, principalmente em postos e locais de descanso no quais muitas se sentem inseguras. Ademais, a distância da família também é um fator, mesmo com a evolução dos meios de comunicação como Whatsapp, Telegram e outros aplicativos de troca de mensagens, mas esses ainda não amenizam 100% a saudade. Porém um dos maiores problemas, isso que afeta os caminhoneiro(a)s em geral são os baixos salários ofertados no mercado. Os salários são tão baixos, que em diversos países, as transportadoras têm ofertado aumentos e bonificações para tentar atrair mais motoristas, porém sem grandes sucessos e ao pensar em tudo que envolve na profissão, de fato a remuneração é baixa.

 Por fim as caminhoneiras são uma força de trabalho que deve ser reconhecida e deve ser dada a oportunidades, porém manter essa força é outra história e isso tem que se fazerem dando melhores condições, afinal, os caminhões hoje passa de 600, 700 mil fácil, porém o salário do motorista é baixo fazendo com que a profissão seja cada vez mais desvalorizada, mesmo sendo ela essencial para a sociedade.

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