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| Foto: Portal Midia Truck Brasil | 
Além de estabelecer melhores condições de trabalho aos motoristas profissionais, o Programa de Renovação de Frota pode modernizar tecnologia embarcada 
   A renovação da frota de caminhões é um tema que interessa a todos os
  setores envolvidos no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC). Além de
  possibilitar mais segurança aos motoristas profissionais, novos veículos
  oferecem mais tecnologia e reduzem a emissão de poluentes ao meio ambiente.
  Segundo o presidente do Setcepar (Sindicato das Empresas de Transporte de
  Cargas no Estado do Paraná), Silvio Kasnodzei, todo o setor espera que este
  programa realmente funcione.
   De acordo com o relatório da frota circulante divulgado pelo Sindicato
  Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), o
  processo de envelhecimento da frota total de veículos no país continua alto.
  Em 2023, 12,8% dos caminhões, cerca de 279,7 mil unidades, possuíam mais de 20
  anos e 18% dos veículos, 392,7 mil possuíam entre 16 e 20 anos. “O projeto de renovação é necessário e urgente. Precisamos de veículos
      mais seguros, mais econômicos e menos poluentes. Além disso, precisamos de
      um TRC moderno, atualizado e que ajude na redução dos custos”, explica Kasnodzei.
    
Retomada
   Em fevereiro deste ano, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento,
  Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse a dirigentes da
  Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) que o
  governo federal pretendia lançar um programa permanente de renovação de frota
  de caminhões e ônibus. Desde então, o setor tem mantido conversas com
  interlocutores do Governo Federal para que o programa tivesse avanço.
   Além de estabelecer melhores condições de trabalho aos motoristas
  profissionais, o Programa de Renovação de Frota pode modernizar equipamentos
  internos aos caminhões, reduzir a emissão de poluentes, dar maior eficiência
  aos custos operacionais e aumentar a rentabilidade das empresas envolvidas
  neste processo. “O país todo ganha com um programa sério e bem estruturado, pois a
      indústria automobilística tem um impacto forte na economia”, finaliza Kasnodzei
   Ao longo de uma série de mandatos presidenciais, a renovação da frota de
  caminhões é pauta para uma resolução. Em julho de 2023, Alckmin inaugurou um
  evento no qual marcava a primeira grande venda de veículos comerciais (ônibus
  e caminhões) no âmbito do Programa de Renovação de Frota do Governo Federal.
  Na ocasião, o projeto disponibilizou R$700 milhões em recursos para caminhões
  e R$300 milhões para ônibus em forma de crédito tributário para as montadoras,
  com descontos que variavam de R$33 mil a R$99mil por veículo. Apesar do valor
  expressivo de R$1 bilhão, de acordo com o MDIC foram solicitados apenas R$320
  milhões pelas fabricantes.
Justificativas e soluções
   Entre as justificativas para o pouco uso dos recursos estão as regras do
  programa, já que para conseguir o desconto era necessário retirar de
  circulação um modelo com mais de duas décadas de serviço. Outro obstáculo eram
  as diretrizes que tiveram de ser ajustadas posteriormente para permitir a
  aplicação de dois descontos em um único modelo novo, entre outras condições. O
  mercado levou algum tempo para assimilar essas regras e impulsionar o
  programa.
   Como o programa era uma Medida Provisória que, por lei, tinha validade
  por 120 dias, ele foi descontinuado sem a utilização dos recursos. “A renovação de frota não sairá do papel se persistirmos no que já
      fizemos. Precisamos oferecer condições financeiras para que o empreendedor
      autônomo compre um caminhão seminovo da grande empresa responsável por
      atualizar sua frota e, por sua vez, que esta grande empresa também receba
      algum benefício, assim iremos movimentar a cadeia toda”, afirma Kasnodzei.
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