West Cargo avança na utilização de veículos sustentáveis e projeta novos investimentos em 2026

Caminhão Scania a GNV vista frontal lateral
Caminhões movidos a GNV  tem sido de suma importancia para a descarbonização no transporte. Divulgação: West Cargo

Transportadora avança em testes com GNV e veículos elétricos e reforça estratégia de longo prazo para um transporte rodoviário de cargas mais limpo e eficiente


 O Transporte Rodoviário de Cargas ocupa posição central na economia brasileira, sendo responsável por mais de 60% de tudo o que é movimentado no país. Ao mesmo tempo, o setor também figura entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do sistema de transportes nacional e, segundo dados do Observatório da Mobilidade da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o modal rodoviário responde por mais de 90% das emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) do setor, reflexo direto da elevada dependência de combustíveis fósseis e da alta intensidade operacional das frotas.






 Nesse contexto, a agenda da sustentabilidade deixou de ser apenas uma tendência para se tornar um fator estratégico de competitividade, eficiência e responsabilidade corporativa. Cada vez mais, transportadoras têm buscado alternativas tecnológicas capazes de reduzir emissões, otimizar custos e atender às exigências ambientais de clientes, embarcadores e mercados internacionais. É nesse cenário de transição que iniciativas voltadas ao uso de fontes de energia renovável e veículos de menor impacto ambiental ganham espaço no planejamento das empresas do setor.

 A West Cargo, transportadora rodoviária com mais de 27 anos de atuação e foco em operações voltadas ao comércio exterior, iniciou em 2025 uma fase estruturada de testes operacionais com caminhões movidos a GNV (Gás Natural Veicular) e veículos elétricos. A estratégia faz parte de um planejamento técnico e econômico que busca avaliar, na prática, a viabilidade dessas tecnologias no Transporte Rodoviário de Cargas, considerando desempenho, segurança, custos e aderência à realidade operacional brasileira.

 De acordo com o presidente da West Cargo, Hélio Rosolen, a iniciativa representa um passo consistente dentro de uma visão de longo prazo. “Em 2025, adquirimos 2 caminhões a GNV e um elétrico. Os veículos foram integrados a rotas específicas para que pudéssemos coletar dados reais de operação, sempre com foco na segurança e na eficiência. Os resultados iniciais mostram que a utilização de caminhões mais sustentáveis é viável e abre caminho para investimentos mais robustos a partir de 2026”, afirma.

 Os testes permitiram à empresa analisar indicadores como autonomia, consumo energético, manutenção, impacto ambiental e adaptação às rotinas logísticas. A experiência tem sido fundamental para entender onde essas tecnologias funcionam melhor e quais ajustes ainda são necessários para uma expansão mais ampla, especialmente em um país de dimensões continentais e com diferentes realidades regionais.

 Rosolen destaca que o ganho ambiental é um dos principais pontos observados até o momento. “A redução nas emissões de CO₂ e de outros poluentes em comparação ao diesel é significativa. Esse avanço é essencial para qualquer empresa que tenha compromisso real com a descarbonização e com a construção de um transporte mais responsável”, pontua.

 Outro aspecto relevante identificado durante a fase de testes foi a percepção positiva dos motoristas em relação aos novos veículos. O menor nível de ruído e vibração contribui para mais conforto na condução e melhor qualidade de trabalho, fatores que também impactam diretamente a segurança e o desempenho das operações.

 “A aceitação dos motoristas tem sido muito boa. Ao mesmo tempo, sabemos que ainda existem desafios importantes, especialmente relacionados à infraestrutura fora dos grandes centros, tanto para abastecimento quanto para recarga. Esses pontos precisam evoluir para que o uso dessas tecnologias possa ser ampliado”, observa o presidente.

 Com base nos aprendizados de 2025, a West Cargo projeta intensificar os investimentos em veículos movidos a fontes de energia renovável em 2026, integrando essas soluções de forma mais estruturada à sua frota. A empresa entende que a transição energética no transporte precisa ser gradual, técnica e economicamente responsável, mas acredita que o caminho já está desenhado.

 “Nossa convicção é que é plenamente possível aliar eficiência logística e responsabilidade ambiental. Embora os veículos exijam aprimoramento em infraestrutura e planejamento, eles nos dão a segurança que estamos no caminho certo para um transporte rodoviário de cargas mais sustentável e inovador”, finaliza o executivo.

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