Realizar transações com cartão de crédito lastreado em commodities
agrícolas já é uma realidade no Brasil. A startup Agrotoken, empresa pioneira
no mundo na tokenização de commodities agrícolas como milho, soja e trigo,
lança o cartão Agrotoken Visa no país. A solução chega ao mercado brasileiro
para transformar o agronegócio, onde produtores rurais poderão tokenizar
commodities e fazer compras de forma simples nos diferentes agentes
fornecedores de serviço e produtos que já atuam na cadeia.
O Brasil abre agora um novo leque de oportunidades no comércio mundial.
“O cartão de crédito internacional pode ser usado como meio de pagamento em
mais de 80 milhões de estabelecimentos credenciados à Visa no mundo. É
possível comprar desde um simples café até insumos agrícolas, combustível para
a caminhonete ou uma viagem para o exterior”, exemplifica Anderson Nacaxe,
diretor nacional da Agrotoken no Brasil.
Os produtores que tokenizarem seus grãos terão acesso às facilidades de
uso de um crédito que será disponibilizado no cartão, mas, primeiro, é
necessário fazer a digitalização dos grãos físicos na plataforma da Agrotoken,
transacionados de forma segura por meio da tecnologia blockchain. Os tokens
são convertidos, pela Agrotoken, como crédito para o produtor transacionar os
grãos; ou seja, ele pode pagar suas compras em sacas de soja, milho ou trigo
utilizando o cartão Agrotoken Visa como meio de pagamento.
O processo de pagamento com tokens acontece de maneira simples, rápida e
segura via blockchain, criptografado pela Algorand em parceria com a Pomelo.
Os tokens podem ser utilizados de maneira fracionada, conforme o valor de cada
compra. “O crédito concedido via cartão equivale a uma operação de barter, em
que ocorre o pagamento de insumos por meio de commodities. Porém, fazemos isso
de forma totalmente virtual, segura e simples, com o que chamamos de
agrotokens. Além disso, o cartão Agrotoken Visa oferece liquidez ao produtor
ou investidor que tem grãos estocados ou ainda a serem colhidos”, descreve
Anderson Nacaxe. A compensação dos agrotokens é sempre em moeda fiat, ou seja,
a moeda impressa e emitida pelo Banco Central de qualquer país, como o real e
o dólar, por exemplo.
Vinculados à origem da emissão do ativo físico, os agrotokens são
lastreados em ativos reais, ao contrário dos NFTs. Isso significa que têm
valor idêntico em todo o território nacional, independentemente de onde e por
quem foram emitidos, conforme preço indexado em índices como Esalq, CEPEA/B3,
Argus e Platt, paridade que a torna uma stable coin, ou seja, moeda de baixa
volatilidade.
”O foco da Visa do setor Agro no Brasil não é novidade, e temos buscado
trazer cada vez mais soluções inovadoras ao mercado, seja por meio de
nossas credenciais ou de serviços de valor agregado”, explica Juliana Amoroso, gerente sênior de Produtos & Inovação da
Visa. “
Esse é um exemplo de solução pela qual o ecossistema consegue entregar
valor ao produtor rural de forma direta e mais segura, pois ele utiliza da
sua safra tokenizada como meio de crédito para consumir via credenciais
Visa no mundo todo”, complementa a executiva.
Na Argentina, o Agrotoken Visa já está disponível desde agosto, onde passou
por criteriosos testes para validar sua funcionalidade, especialmente em
segmentos do comércio em que os produtores rurais realizam transações
diariamente – seja na cadeia do agronegócio até mesmo em restaurantes,
cafeterias, postos de gasolina e hospedagens. Até o momento, a Argentina já
tokenizou 205.000 toneladas de grãos.
“Estamos muito otimistas com a chegada ao Brasil, reconhecidamente um dos
mercados de agronegócio mais desenvolvidos do mundo. Nosso foco, agora, é
chegar aos pequenos e médios produtores rurais, às cooperativas, aos
distribuidores e apresentar nosso modelo de negócio inovador, que irá
facilitar o acesso ao crédito digital e possibilitar a democratização no
campo”, comenta Eduardo Novillo Astrada, CEO e cofundador da Agrotoken.
Sobre a Agrotoken
A Agrotoken é a primeira empresa do mundo capaz de criar tokens fungíveis a
partir de commodities agrícolas, com o objetivo de digitalizar e democratizar
o agronegócio. A plataforma tecnológica promove um ecossistema simples, justo,
equitativo e eficiente, que permite aos produtores rurais “transformar” sua
produção em criptoativos reais e confiáveis, habilitados para realizar
diversas operações financeiras. Com tecnologia blockchain 100% digital, a
startup de origem argentina acaba de realizar as primeiras tokenizações no
Brasi