IVECO 50 ANOS: A curta passagem da Iveco no mercado norte americano

 
Folheto do modelo Z-100, que chegava na versão chassi-cabine e uma versão para transformadores. Divulgação: Iveco |  WorthPoint


O difícil mercado norte americano já colocou para "correr" algumas montadoras de peso

 Um dos mercados mais importantes do mundo, o norte americano já foi o sonho de algumas montadoras, algumas conseguiram adentrar no passado e estão até hoje, porém outras, por mais que tenham bons números, não deram continuidade no mercado, neste caso a Iveco.






 Em 1977, a revista Commercial Motor, essa que está em circulação desde 1905, em sua edição de novembro de 1977 trazia uma pequena nota falando que a Iveco estava preparando a sua ida para os Estados Unidos por meio de uma rede de distribuidores independentes. Na nota também menciona que até um nome já havia sido escolhido para a presidência desse novo projeto, sendo Ario Locatelli. Vale lembrar que na época, a Iveco estava em plano de expansão e a procura de novos mercado, e além dos Estados Unidos, também foi para a Rússia e para o norte da África.

Revista Commercial Motor e a nova da ida va Iveco para o mercado. Divulgação: Commercial Motor



 Para o plano, a Iveco concentrou-se em oferecer produtos para distribuição urbana e levou a sua linha "Z", também chamada de Zeta, que era ofertada como chassi-cabine e furgão, no padrão americano.

 Da linha Z, o primeiro modelo era o Z-100 Diesel, que era equipado com o motor Deutz F5L912 de cinco cilindros refrigerado a ar. O motor entregava 108 cavalos e entregava 290 Nm de torque.

 Na época, o fato do motor ser refrigerado a ar, poderia causar certa estranheza, mas a Iveco para provar a confiabilidade do motor, dava garantia de 100 mil milhas ou 160 mil km ou 2 anos, porém determinados componentes tinha garantia de 300 mil milhas ou 482 mil km, porém no anuncio não mencionava quais eram esses componentes.

Folheto mostrando o motor e falando da garantia de 100 mil milhas. Divulgação: Iveco




 Em 1987, a Iveco atualizou a linha Z, chamando de TurboZeta, pela introdução do motor turbo, porém no mercado norte americano ele chegou como "EuroTurbo", entretanto não se tem maiores informações, na verdade toda a operação da Iveco no mercado norte americano não parece ter sido tão bem registrada assim, ou os registros ainda não estão ao público, porém, em um site de leilão de carros nos EUA dá para encontrar alguns modelos.

 De toda forma, a operação ia até bem. Nos primeiros sete meses de 1990, a Iveco já havia vendido 1.442 caminhões. Em 1989 ela havia vendido 1.134 caminhões, ou seja, a montadora estava em um bom ritmo de crescimento, entretanto a operação foi encerrada em 31 de dezembro de 1991. Na época, a montadora aceitou pedidos até 30 de junho de 1991.


O encerramento da operação


 Apenas dos bons números e crescimento, na época, a montadora divulgou para a imprensa que o mercado estava cada vez mais competitivo com a chegada das montadoras japonesas que ofereciam caminhões leves movidos a diesel e gasolina, além de que os produtos europeus que a Iveco desenvolveu teria que passar por grandes atualizações para se adequar às novas normas de emissões norte americana que era bem diferente.

 Por fim, a Iveco na época ainda garantiu que daria suporte para os clientes durante 10 anos ou mais.

 A Iveco Trucks of North América, Inc. como foi registrada teve 13 anos de atuação em um dos mercados mais importantes. A sua estratégia inicial foi boa e oferta um bom produto com garantia, mais não vingou no final, mesmo com um bom crescimento de 1989 para 1990.


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