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| Mulheres caminhoneiras, tem sido mais comum do que você imagina. Divulgação: Volvo Trucks |
Suécia atinge marco inédito: mulheres já dirigem 1 em cada 9 caminhões no país
Quando se falava em mulheres se tornando caminhoneiras há alguns anos
atrás, poderia soar como uma ideia absurda com uma cobertura de preconceito
e comentários maldosos, porém, mesmo com todos os desafios, as mulheres têm
se interessado cada vez pela profissão e diferentes países e empresas têm
criado programas de incentivo.
Na Suécia, a Comissão Sueca de Transportes para a Educação
Profissional e o Ambiente de Trabalho (TYA), publicou uma pesquisa com quase 1.000 mil transportadoras no qual
mostrou que no último ano, as empresas contrataram pouco mais de 5.600 mil
novos caminhoneiros, número considerado normal dentro do mercado. Ainda
durante a pesquisa, a TYA notou algo positivo, as mulheres representavam 22%
das novas contratações, realizadas no último ano, vale lembrar que na
pesquisa passada, esse número era de 18%.
De forma mais prática, a TYA explica que atualmente um a cada nove
caminhões já são dirigidos por mulheres na Suécia.
Interesse segue em alta
O aumento de mulheres caminhoneiras na Suécia não é algo de agora. De
acordo com a TYA, que monitora escolas de ensino médio onde tem programas
relacionados ao setor de transportes, no ano letivo de 2023 para 2024, no
programa "Veículos e Transportes", onde os alunos podem se inscrever voluntariamente, em média, 34% dos
alunos inscritos eram mulheres.
A TYA ainda destaca um aumento expressivo na participação desses
programas. No ano letivo de 2015, às mulheres representava apenas 15% das
inscrições. Já no ano de 2019, já era 22%. Especialistas da organização
explicam que esse aumento tem crescido graças às redes sociais, onde
caminhoneiras têm compartilhado o seu dia-a-dia e assim dando uma maior luz
sobre a profissão, mostrando tanto o lado positivo quanto negativo.
No total, existem 95 escolas na Suécia que têm programa de formação de
motoristas profissionais, e dados mostram que, em média, 83% dos alunos já
conseguem um emprego no setor logo após se formarem. Esse programa tem sido
responsável por atender em até 60% a demanda anual de novos
motoristas.
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No Brasil, montadoras e grandes transportadores têm programas de incentivo
Investir em mulheres como caminhoneiras tem trazido bons resultados
para as transportadoras, além de serem mais prudentes no trânsito e com isso
terem um número menor de ocorrências, o investimento pode suprir a falta de
motoristas que atinge o setor de forma global.
Montadoras como a
Iveco
e a
Mercedes-Benz
têm se destacado nesse quesito. A Iveco junto ao
Sest Senat
tem o programa
Caminhos para Elas, que em sua primeira fase concluiu a formação de 17 novas caminhoneiras. A
Mercedes-Benz tem dado grande apoio ao movimento
A Voz delas. Já a
Volkswagen Caminhões e Ônibus
têm mulheres como pilotos de testes de novos modelos e a
Pepsico
tem programas para incentivos de caminhoneiras.
