O pedido da IRU tem como objetivo combater a falta de motoristas de caminhões no mundo e sanar o problema da falta de emprego entre jovens
A IRU (World Road Transport Organisation em uma tradução livre União Internacional dos Transportes Rodoviários) postou em seu portal no último dia 15 de outubro, um “apelo” aos governos para que os mesmos baixem para 18 anos a idade mínima para motoristas conduzirem caminhões, ônibus e demais veículos que necessitam de uma carteira profissional.
De acordo com a IRU, essa medida simples irá diminuir a escassez de motoristas de longo prazo, orientando os que abandonam a escola diretamente para a formação profissional, ajudando a combater o desemprego juvenil.
Os regulamentos ou leis de idade mínima para motoristas profissionais variam significativamente em todo o mundo. A idade mínima em alguns países europeus e no oriente médio e de 18 anos, já em alguns países é 21. No Brasil para a categoria C que já lhe possibilita dirigir um caminhão de pequeno porte a idade é mínima é 19 anos, deste que o mesmo já tenha um ano de habilitação categoria B no qual é necessário ter 18 anos para tirar a mesma. Quando se fala de um veículo articulo, aí a idade é de 21 anos. Ainda de acordo com IRU, outro problema na Europa e que cada país tem uma série de regulamentos diferente do país vizinho, então isso cria barreira para jovens que querem se tornar caminhoneiros além de criar complicações desnecessárias para o transporte internacional (TIR).
A falta de motoristas não é um problema que ficou claro devido a pandemia, mas sim um problema que acompanha o mercado a anos e tem ficado cada vez pior. Nos EUA, a escassez de motoristas, já em torno de 60.000, deve dobrar na próxima década. A pesquisa da IRU mostra que a África do Sul precisa de cerca de 15.000 novos motoristas de caminhão profissionais todos os anos, mas não é capaz de recrutá-los.
“A indústria do transporte rodoviário precisa de jovens para atender à crescente demanda por motoristas e garantir a continuidade dos nossos serviços. A idade média dos motoristas de caminhão em alguns lugares é 55. Isso precisa mudar” comenta Umberto de Pretto, Secretário Geral da IRU.
Para a IRU, a segurança no trânsito não é uma questão de idade
Segurança é a maior prioridade do setor. Às vezes, é citado como um fator limitante para o recrutamento de motoristas mais jovens, mas os rígidos requisitos de treinamento para o ingresso na profissão significam que os motoristas mais jovens não estão mais sujeitos a acidentes do que os mais velhos. Na verdade, a taxa de acidentes é ainda maior em países com idade mínima de 21 anos do que naqueles em que a idade mínima é 18,5.
O governo precisa criar incentivos a profissão
Os governos tomaram muito pouca ou nenhuma ação para incentivar os jovens a se tornarem motoristas profissionais assim que saírem da escola. Na Europa, uma revisão da Diretiva sobre cartas de condução será concluída até 2022, proporcionando a oportunidade de definir a idade mínima para todos os motoristas profissionais de 18 anos. Nos EUA, foi realizado um estudo piloto e legislação que permite a condução interestadual aos 18 anos tramita no Senado. Mas esses são apenas pontos de partida.
“A indústria do transporte rodoviário pode ser uma grande fonte de emprego para os jovens. Mas precisamos que os governos ajam para desbloquear esse potencial e garantir o acesso às oportunidades de trabalho disponíveis”, concluiu Umberto de Pretto.
Ainda de acordo com pesquisa da IRU, 20% dos jovens com idades entre 15-24 em todo o mundo (267 milhões) não trabalham, não estudam nem seguem qualquer formação. Sendo assim, esse público pode ajudar a combater a falta de motoristas em determinados mercados.
Tradução, edição e adaptação Midia Truck Brasil
A questão não é idade, é dar oportunidade para quem está começando e valorizar a classe.
ResponderExcluirOutro ponto que deve ser observado é a questão da experiência profissional que é exigida pelas entidades contratantes, onde que a maior parte dos jovens acabam perdendo oportunidades por não possuírem experiência profissional no ramo... Acontece muito em Moçambique
ResponderExcluirO problema todo aqui as maiorias das empresas não dão valor aos motoristas . O salário de um motorista baixo ainda vem alguns posto de combustível e cobra dinheiro da gente se a gente não abastecer tem que pagar pra poder pernoite banho nem se fala tem lugar que é 10 reais aí fica difícil né que jovem em plena consciência vai querer passar oq o pai ou algum amigo passa o caminhoneiro são como heróis para seus filhos e infelizmente não recebe o devido valor
ResponderExcluirFiquei desempregado aos 53 anos de idade, após 16 anos de empresa (instituição financeira). Após quase 4 anos ainda não consegui me recolocar no mercado, em qualquer área. Na área de transportes seria uma possibilidade bem concreta, porém em razão de redução da visão em um dos olhos, só posso ter CNH categoria B. Tenho carteira a cerca de 30 anos e nesse período, pelo que lembro, recebi 6 ou 7 multas leves. Talves a análise para concessão da CNH poderia ser revista, não só um simples exame médico oftálmico deveria definir a aptidão para intenção da carteira, isso ajudaria muito na redução do desemprego e na falta de motorista
ResponderExcluirTem que faltar motorista mesmo, só sabem desvalorizar os motoristas então acho que ainda falta é pouco, tem que começar a faltar comida nos mercados, roupas nas lojas, etc porque talvez assim aprendam a valorizar o motora que eles chamam de drogado que só atrapalham o trânsito e causam acidentes, só falam mal mas ninguém parou pra olhar como as coisas chegam nas lojas e nos mercados, é triste mas é assim mesmo
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